domingo, 3 de julho de 2011

CHUVA, FRIO E UM BOM LIVRO

foto: elaine borges

...Fica-se velho imperceptívelmente. Seus joelhos começam a doer perceptívelmente. Não melhoram. De vez em quando pioram, e depois melhoram, mas nunca voltam ao que eram antes. Você começa a aceitar que tem joelhos ruins. Acomoda seu andar para compensar e aliviar, mas, ao fazê-lo, se prepara para o quadro de dor na lombar. Essas coisas eram complicadas e às vezes impossíveis de curar. E agora um dos sintomas do envelhecimento, talvez não o pior, mas decerto o mais visível, estava sendo tratado, com um método indolor e rápido. De um jeito bem simples. Só era preciso dinheiro e um tempinho. Além disso, bastava se sentar debaixo de um daqueles secadores marcianos e esperar, perguntando-se se você não devia ter escolhido um tom mais claro ou mais escuro. Ou dado uma cortada.

O trecho acima é do livro Jeff em Veneza, morte em Varanasi, do inglês Geoff Dyer, (Ed.Intrinsica) que citei no post abaixo mas escrevi errado (é Jeff e não Jeffrey).

Numa tarde de domingo fria a chuvosa, nada melhor do que se amontoar nas cobertas e ler um bom livro. Vai a sugestão. Geoff Dyer é considerado “provavelmente o melhor escritor britânico vivo”, segundo o Daily Telegraph.

E, terminada a leitura, começo a ler um outro, Erec e Enide, do espanhol Manuel Vázquez Montalbán. E já estou gostando. Comentarei mais tarde.

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