Fim de tarde na Lagoa da Conceição ( foto:elaine borges)
Se Florianópolis e cidades no litoral sul ainda constam na lista de roteiros de tantos que querem conhecer Santa Catarina e suas belíssimas praias e paisagens (como o pôr de sol da foto acima), há também o outro lado ( que autoridades ligadas ao turismo prefeririam esconder): presos com marcas de tiros de borracha em várias partes do corpo, outros doentes, celas imundas, alimentação precária, falta de água, ausência de assistência jurídica, superlotação. Assim são as condições em que vivem cerca de 1.200 detentos do Presídio de São Pedro de Alcântara, próximo a Florianópolis. Foi assim que uma equipe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência encontrou os presos numa inspeção feito ontem à tarde (mais detalhes no UOL) . As péssimas condições do presídio e os maus tratos aos detentos teriam suscitado a revanche dos presidiários: incêndios nos ônibus, tiros nas delegacias e postos policias em vários municípios catarinenses e que só cessaram na última segunda-feira.
O ouvidor-geral da Secretaria de Direitos Humanos, Bruno Renato Teixeira, em entrevista aos vários repórteres que acompanharam a inspeção no Presídio - ( mas não puderam entrar por questões de segurança dos próprios jornalistas - apenas oito agentes para controlar 1.200 presos) - disse que foram constatados problemas graves e o fato de haver 70 presos com marcas de tiros de borracha pelo corpo (conforme laudo do IML) evidencia que foram vítimas de maus tratos.
Até o final do dia de ontem o governo do estado, através da Secretaria de Justiça, não havia se manifestado, sob alegação de que preferia aguardar o resultado oficial da inspeção. Sabe-se que outros estados - Rio Grande do Sul, Pernambuco, Bahia e Maranhão - onde também há denúncias de maus tratos aos presos, também serão vistoriados.
As perguntas inevitáveis: por que será que só agora as autoridades constataram que os presídios de Santa Catarina - como nos demais estados - estão péssimos e que as torturas, os maus tratos, a super lotação, há muito fazem parte da realidade de nosso país? E por que será que o ministro da Justiça, Eduardo Cardoso, disse que "preferia morrer" a ser preso devido as péssimas condições dos presídios brasileiros quando há dez anos seu partido ( aquele da defesa da ética, lembram?) está no poder?
Se Florianópolis e cidades no litoral sul ainda constam na lista de roteiros de tantos que querem conhecer Santa Catarina e suas belíssimas praias e paisagens (como o pôr de sol da foto acima), há também o outro lado ( que autoridades ligadas ao turismo prefeririam esconder): presos com marcas de tiros de borracha em várias partes do corpo, outros doentes, celas imundas, alimentação precária, falta de água, ausência de assistência jurídica, superlotação. Assim são as condições em que vivem cerca de 1.200 detentos do Presídio de São Pedro de Alcântara, próximo a Florianópolis. Foi assim que uma equipe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência encontrou os presos numa inspeção feito ontem à tarde (mais detalhes no UOL) . As péssimas condições do presídio e os maus tratos aos detentos teriam suscitado a revanche dos presidiários: incêndios nos ônibus, tiros nas delegacias e postos policias em vários municípios catarinenses e que só cessaram na última segunda-feira.
O ouvidor-geral da Secretaria de Direitos Humanos, Bruno Renato Teixeira, em entrevista aos vários repórteres que acompanharam a inspeção no Presídio - ( mas não puderam entrar por questões de segurança dos próprios jornalistas - apenas oito agentes para controlar 1.200 presos) - disse que foram constatados problemas graves e o fato de haver 70 presos com marcas de tiros de borracha pelo corpo (conforme laudo do IML) evidencia que foram vítimas de maus tratos.
Até o final do dia de ontem o governo do estado, através da Secretaria de Justiça, não havia se manifestado, sob alegação de que preferia aguardar o resultado oficial da inspeção. Sabe-se que outros estados - Rio Grande do Sul, Pernambuco, Bahia e Maranhão - onde também há denúncias de maus tratos aos presos, também serão vistoriados.
As perguntas inevitáveis: por que será que só agora as autoridades constataram que os presídios de Santa Catarina - como nos demais estados - estão péssimos e que as torturas, os maus tratos, a super lotação, há muito fazem parte da realidade de nosso país? E por que será que o ministro da Justiça, Eduardo Cardoso, disse que "preferia morrer" a ser preso devido as péssimas condições dos presídios brasileiros quando há dez anos seu partido ( aquele da defesa da ética, lembram?) está no poder?
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