De Mattew Rohrer (*)
ALGUM CARA DISSE que Wittgenstein provou que não há pensamento sem linguagem.
ALGUM CARA DISSE que Wittgenstein provou que não há pensamento sem linguagem.
Wittgenstein
nunca viu um passarinho ou um urso.
Árvores
balançavam no parque e suas copas se encostavam com ternura.
Mesmo sendo
o mais novo, eu sou o professor!
Corvos
gritam para mim no telhado e não conseguem pousar.
Acordo
indistinguível da manhã deslavada.
Tudo que sou
é pensamento sem linguagem.
(*) Matthew
Rohrer é um poeta americano que descobri lendo a revista Piauí ( número 77, fevereiro de 2013). Ele nasceu em 1970, no Michigan e cresceu em
Oklahoma. Sobre ele, escreveu Eucanaã Ferraz na citada revista: “nada é excepcional quanto aos
temas – acontecimentos cotidianos, passagens comuns, cenas e ambientes urbanos
em flashes em que a natureza parece emergir da memória; o mesmo se dá com a
forma – sintaxe clara, escolha vocabular descomplicada e tom decididamente
coloquial. De tudo isso resulta, no entanto, um universo extravagante . O
leitor logo percebe que está diante de significados movediços, construídos por
frases instáveis, combinações estranhas e vazias. Trata-se, sem dúvida, de uma
escrita marcada pelo insólito: se nada escapa da esfera cotidiana, o trivial
vê-se inteiramente entrelaçado com a imaginação e a liberdade”.
É sempre um prazer viajar pelo teu blog. Saudades dos amigos e desta ilha tao linda...
ResponderExcluirFátima amiga, há quanto tempo, hein!? Muitas saudades também.
ResponderExcluirBeijos
Fusão perfeita da foto e o texto.
ResponderExcluirAdorei!
Obrigada, Ju. Elogios assim me deixam bem gabola.
ExcluirBeijo