Na SC-401 (que leva às praias do norte), o tráfego está funcionando em duas pistas com desvio pelo bairro de Cacupé; ruas dos bairros Campeche, Morro das Pedras, Costeira e Areias do Campeche, todas no sul da Ilha, somente nos últimos dias estão sendo drenadas. Desde a enchente, há 15 dias, várias pessoas continuavam com dificuldades para transitar por lá. Segundo li no DC, a justificativa da Defesa Civil de Florianópolis foi de que só poderiam usar as bombas de drenagem com tempo seco.
Por aqui, portanto, os problemas - mínimos - aos poucos vão sendo sanados. E já dá pra continuar olhando - e fotografando - a ponte Hercílio Luz no final da tarde.
No Vale do Itajaí, há um imenso esforço das vítimas da grande tragédia para voltar ao seu cotidiano. Emocionante ver senhores, mulheres, jovens, trabalhando, varrendo as ruas, voltando às fábricas, recolhendo imensos entulhos, restos do que sobrou de suas casas... Emociona ver como este povo é forte. E à medida que parentes buscam os sobreviventes, ouve-se dramas individuais, muito, mas muito tristes: como daquele homem que, sozinho, perambula pelas ruas de Blumenau. Este homem perdeu toda a família e nada o convence a buscar abrigo nos tantos espalhados pela região. Ou daquele outro que ontem perdeu os pais: teimosos, o casal voltou à casa interditada, em Gaspar, pra dar milho às galinhas. Foram engolidos por um monte de terra que deslizou do morro próximo. Ao filho só restou, com a ajuda dos homens do Corpo de Bombeiros, tentarem encontrar os corpos dos pais.
E os números das vítimas fatais aumentam: 122, até ontem. Mas há 21 pessoas desaparecidas somente em Ilhota, um dos municípios mais duramente atingidos pelas enchentes. Os homens da Força Nacional e do Corpo de Bombeiros continuam por lá, com a triste missão de localizar os mortos. Enquanto isso, outros grupos percorrem a região assinalando as casas irremediavelmente condenadas. Quem recebe um sinal B fica aliviado: sinal de que a casa está boa e pode voltar a ser habitada. Até ontem, mais de 60 tinham sido condenadas.
parodiando Euclides da Cunha, "o catarinense é antes de tudo um forte."
ResponderExcluirHá controvérsias.
ResponderExcluirAcredito que o "Ocrides" cunhou a frase sem conhecer a barriga que, na época, era verde.
Strix.