segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A FLORIANÓPOLIS QUE NÃO QUEREMOS



Lagoa da Conceição (fotos: elaine borges)

As cenas se repetem, tanto nas praias do norte, sul, leste...As faixas de areia antes destinadas aos veranistas, hoje são ocupadas por donos de restaurantes, dos hotéis, dos bares, vendedores ambulantes... Na Lagoa da Conceição, os donos dos restaurantes decidiram que os espaços que ligam a lagoa  à estreita faixa de grama e areia agora pertencem a eles. Os garçons, equilibrando as bandejas,  enfrentam  o intenso movimento de veículos no já tumultuado trânsito da Avenida das Rendeiras para atender os turistas."Salta uma sequência de camarão!" gritam do meio da avenida para o pessoal que, lá de dentro do restaurante, tentam ouvir os pedidos.
Esse é um pequeno exemplo do caos que tomou conta da ainda bela Florianópolis. Há, claro, os tumultos  no trânsito, os engarrafamentos, as praias poluidas, a falta de banheiros e chuveiros ( que - promessa da prefeitura - estão sendo providenciados), há a séria questão da insegurança. Os turistas mal chegam e já são assaltados, como ocorreu recentemente com uma família que chegava a Jurerê Internacional e na mesma noite teve o carro arrombado.
 Os problemas são tantos que, muitas vezes, a sensação que tenho é que já não há mais solução possível para planejar uma cidade digna de sua fama. A Florianópolis que queremos não é esta. Esta é a Florianópolis que não queremos.

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