foto: elaine borges
Pensando em que? Pergunto sempre a minha gatinha quando está com esse olhar tão longe! Seu mundo é mesmo intransponível e cheio de mistérios. Sentada ali, ao meu lado, enquanto escrevo e escuto minha mais nova descoberta (o cd Beirut, uma mistura de sons ciganos, dos Balcãs, com sanfonas, sax, vozes... uma maravilha) fico um bom tempo a observá-la. Ela me olha, fecha os olhos, dorme, me olha novamente.... E assim permanece. Sei, racionalmente, que animal não pensa, não tem memória, muito menos sabe sobre a passagem do tempo. Seu momento é hoje, agora. Eles não sabem que vão morrer. Não têm a mínima idéia da finitude da vida. Não sabem que há o tempo de viver e o tempo de morrer. Às vezes acho que o não saber, o não raciocinar, o não pensar, faz com que nossos amiguinhos de quatro patas reforçam ainda mais o elo de amizade e companheirismo conosco, os humanos.
O silêncio da minha Bibi, seu olhar, me intrigam. Mas não dispenso essa convivência, mesmo sabendo que nunca entrarei no seu misterioso mundo.
Lindoooooooooooo!!!!! Não dá mesmo pra dispensar a convivência com nossos grandes e fiéis amigos de quatro patas.
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