Lagoa da Conceição - manhã de hoje (foto: elaine borges)
Todos os anos a Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina divulga, durante a temporada de verão, a relação das praias impróprias para banhos. São trechos poluídos ao longo das praias de Jurerê, Canasvieiras, Ingleses, Praia Brava, Lagoa da Conceição... Segundo último levantamento, são 60 pontos poluídos, dos 193 monitorados ao longo do litoral catarinense. Ou seja, áreas intensamente freqüentadas por turistas e moradores. Em Canasvieiras a Rua Acari Margarida já faz parte do calendário anual da Fatma. Há um cano de esgoto que dá diretamente na praia, mas, mesmo as águas estando visivelmente sujas, os banhistas lá ficam, nadando nos coliformes fecais e sujeitos a contrair doenças de pele, diarréia, hepatite A... Há ainda o trecho do rio do Braz, cujos moradores das redondezas não usam as instalações dos esgotos sanitários e jogam os dejetos diretamente no rio que, por sua vez, polui a praia.
O presidente da Fatma, Murilo Flores, disse à Folha (matéria de Ana Carolina Cardoso e Luiza Bandeira sobre as praias de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, edição de sábado) que a rede de esgotos não está preparada para receber um número maior de turistas (são esperados 4.5 milhões até março em SC). Ora, se não estamos preparados para receber tantos turistas, por que órgãos do setor insistem em fazer intensa propaganda lá fora, “vendendo” um paraíso que não existe? Há falta de água, transporte urbano deficiente, rodovias com trânsito caótico, não há nem mesmo o mínimo necessário (banheiros públicos, por exemplo) e, no entanto, a impressão que passa – ou é “vendida” – é de que a Ilha é o paraíso na terra. Moramos, sim, numa belíssima cidade, mas até quando essa lindeza resistirá a tantas agressões?
O vice-presidente do Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes de Santa Catarina, Estanislau Bresolin, disse, também à Folha, que “os trechos impróprios não são aqueles que os turistas freqüentam, não são as praias inteiras. E quando isso acontece, há placas para avisar e o problema é logo resolvido”. Não é bem assim. As placas são modificadas, principalmente pelos donos dos restaurantes e hotéis: no lugar de “impróprias” eles colocam “próprias” e enganam os turistas.
Portanto, como seguir as recomendações da Fatma para que os banhistas, constatado que há trechos poluídos, mergulhem a uma distância de 400 metros se as placas são rapidamente modificadas? Ou seja, os veranistas, iludidos pelas placas alteradas, estão mergulhando no meio dos coliformes fecais.
O presidente da Fatma, Murilo Flores, disse à Folha (matéria de Ana Carolina Cardoso e Luiza Bandeira sobre as praias de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, edição de sábado) que a rede de esgotos não está preparada para receber um número maior de turistas (são esperados 4.5 milhões até março em SC). Ora, se não estamos preparados para receber tantos turistas, por que órgãos do setor insistem em fazer intensa propaganda lá fora, “vendendo” um paraíso que não existe? Há falta de água, transporte urbano deficiente, rodovias com trânsito caótico, não há nem mesmo o mínimo necessário (banheiros públicos, por exemplo) e, no entanto, a impressão que passa – ou é “vendida” – é de que a Ilha é o paraíso na terra. Moramos, sim, numa belíssima cidade, mas até quando essa lindeza resistirá a tantas agressões?
O vice-presidente do Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes de Santa Catarina, Estanislau Bresolin, disse, também à Folha, que “os trechos impróprios não são aqueles que os turistas freqüentam, não são as praias inteiras. E quando isso acontece, há placas para avisar e o problema é logo resolvido”. Não é bem assim. As placas são modificadas, principalmente pelos donos dos restaurantes e hotéis: no lugar de “impróprias” eles colocam “próprias” e enganam os turistas.
Portanto, como seguir as recomendações da Fatma para que os banhistas, constatado que há trechos poluídos, mergulhem a uma distância de 400 metros se as placas são rapidamente modificadas? Ou seja, os veranistas, iludidos pelas placas alteradas, estão mergulhando no meio dos coliformes fecais.
E os turistas retornam aos seus locais de origem carregadinhos de doenças... Há gosto pra tudo, até banho com coliformes fecais!!!!!
ResponderExcluirCaríssima: pior é que esse trabalho da Fatma não serve pra nada. As praias estão poluídas? Sim, mas e daí? Nossas auoridades tapam os olhos e o nariz e sugerem o mesmo para o turista. A fedentina da Lagoa é o exemplo mais gritante desta omissão das autoridades. Mário Medaglia
ResponderExcluirSalve, Elaine,
ResponderExcluiro pior é que isto só é divulgado nos jornais - e durante a temporada. Não há nem sequer uma placa nos locais poluídos.
Mário tem razão: a Fatma não serve pra nada.
Abs.
Pois é, que adianta publicar listas de praias impróprias para banhos se obras vitais, como ampliação da rede de esgotos sanitários,não são feitas? A Fatma realmente não serve pra nada.
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