sexta-feira, 17 de setembro de 2010

LEISHMANIOSE: SEMINÁRIO SERÁ AMANHÃ

“Evitar o pânico”. Com esse argumento, autoridades do setor de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina têm evitado dar informações sobre a ocorrência da Leishmaniose que está afetando cães na Lagoa da Conceição. Os cães são os principais hospedeiros do mosquito transmissor da infecção que também é transmitida aos humanos através da picada dos insetos. Os primeiros casos foram registrados na propriedade de uma família do Canto dos Araçás: seus três cães foram os primeiros a serem sacrificados por ordem da Vigilância. Também há informações de que funcionários da Vigilância estão espalhando iscas nas regiões onde a mata é mais densa – habitat natural dos mosquitos. As ONGs têm sugerido a realização de campanhas de esclarecimento e de combate aos mosquitos, vetor da infecção, mas até agora não foram atendidos. “Eles buscam a solução mais fácil, matar os cães”, afirmam. Com essa solução – a matança dos animais – as autoridades do setor resolvem outro problema: diminuir o número de cães que circulam não só na Lagoa, mas em toda a cidade.
Neste sábado, durante todo o dia, será realizado, em Florianópolis, o Seminário Leishmaniose Visceral, no auditório da OAB (Avenida Beira Mar Norte), promovido pelo Instituto Ambiental Ecosul. Entre os participantes, destaca-se a presença do Dr. Fowler T. Braga Filho, diretor do projeto Focinhos Gelados e coordenador de seminários e fóruns sobre Leishmaniose em São Paulo desde 2006. Destaca-se também a presença do Dr. André Luis Soares da Fonseca, advogado e médico veterinário da UFMS, que falará sobre os “Mitos e verdades sobre a Leishmaniose Visceral – a doença, o diagnóstico e o tratamento”.
Há informações de que nesta sexta, autoridades da Vigilância Sanitária devem se pronunciar sobre a ocorrência da Leishmaniose na Lagoa da Conceição. Sintomaticamente, os esclarecimentos serão dados um dia antes da realização do Seminário.

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