domingo, 12 de setembro de 2010

PUNTO E BASTA

Será que ainda há tempo para o José Serra virar o jogo, faltando pouco mais de duas semanas para as eleições? Na minha modesta opinião, observando a movimentação política cá do meu canto, penso que não. E acho que nem ele e sua turma têm esperanças. Mesmo com a denúncia de tráfico de influência praticada pela Casa Civil, veiculada pela Veja, é praticamente impossível Dilma Rousseff não ser eleita presidente já no primeiro turno. Dilma (que estava neste domingo em visita à favela Paraisópolis, em São Paulo) preferiu dizer que a denúncia era “assunto de governo”: “Meu querido, eu não vou ficar me atendo à pauta do adversário”. Com a insistência dos repórteres, voltou a dizer: “Meu querido, eu vou insistir, esses saltos mortais, que pegam um fato que querem ligar a mim, não tem nada. Eu não vou dar mais combustível para isso. Não respondo isso. Eu não tenho de provar nada da minha pessoa. Não estou acusada de nada. Não falo sobre assuntos que só interessam à pauta negativa e caluniadora do meu adversário. Pronto”. Só faltou repetir o bordão do Totó da novela Passione: “Punto e basta”.
A ênfase ao “meu querido” dá bem a medida de que, desta vez, Dilma estava um tanto irritada.
E eu me pergunto: se PSDB, DEM, PTB e tantos outros não fizeram oposição ao governo Lula em oito anos, vão conseguir convencer o eleitorado em vinte dias? Claro que não. Superada etapa das eleições – o ápice de qualquer regime democrático, quando escolhemos aqueles que queremos que nos governem - espera-se que venham as reformas. Uma delas, tão prometida, será a reforma partidária. Hoje, o que temos são siglas de aluguel, sem ideologia, programas, metas. O quadro partidário é tão triste e deplorável que, confesso, ainda não escolhi meus candidatos. Como escreveu a Duda Hamilton em seu blog, estou entre os 54% indecisos de Santa Catarina. Um número elevadíssimo. Se não há entusiasmo da minha parte, tenho me esforçado muito para fazer uma boa escolha para, no futuro, não me arrepender.

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