sexta-feira, 23 de março de 2012

FLORIANÓPOLIS - SILENCIOSA LIÇÃO DE BELEZA

 
Ribeirão da Ilha (foto: elaine borges - arquivo)

Ver a Ilha de Santa Catarina de outro jeito, observando a paisagem, as flores, as casas antigas, o mar, as cores...Clarmi Regis, escritora, professora de portugues, veio de Joaçaba e aqui mora desde a década de 60. Para ela, Florianópolis é assim, oferecendo todos os dias "essa silenciosa lição de beleza": 

A vegetação que explode exuberante nas cercas, muros e jardins das casas antigas, nos canteiros que separam as vias públicas, nas praças mal ou bem cuidadas dessa amada Desterro continua a despertar em mim espanto e emoção. 
A cobertura verde que ainda perdura nos morros, salpicada de manchas róseas, violetas, brancas e amarelas parece saltar das telas dos pintores impressionistas. A delicadeza das paineiras salpica o chão de flores cor-de-rosa para, semanas após, presentear o passante com chuvas de plumas carregadas pelo vento.
Nos pomares que ainda persistem no interior da Ilha, pitangueiras e goiabeiras convivem com vergamoteiras (as mexericas) e laranjeiras – onde canta o sabiá – e com robustos pés de louro – tempero indispensável e mensageiro da fortuna.
Em qualquer espaço escondido, nas rachaduras das casas antigas ou lugares esquecidos das modernas construções, entre as pedras do calçamento ou fendas do asfalto, arrebentam, aqui e ali, ásperas samambaias, tímidas avencas e as multicoloridas marias-sem-vergonha.
Essa silenciosa lição de beleza e permanência é o presente maior que nossa Ilha-Magia oferece todos os dias àqueles que fazem dela sua terra-mãe.






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