Ribeirão da Ilha (foto: elaine borges - arquivo)
Ver a Ilha de Santa Catarina de outro jeito, observando a paisagem, as flores, as casas antigas, o mar, as cores...Clarmi Regis, escritora, professora de portugues, veio de Joaçaba e aqui mora desde a década de 60. Para ela, Florianópolis é assim, oferecendo todos os dias "essa silenciosa lição de beleza":
Ver a Ilha de Santa Catarina de outro jeito, observando a paisagem, as flores, as casas antigas, o mar, as cores...Clarmi Regis, escritora, professora de portugues, veio de Joaçaba e aqui mora desde a década de 60. Para ela, Florianópolis é assim, oferecendo todos os dias "essa silenciosa lição de beleza":
A vegetação que explode exuberante nas cercas, muros e
jardins das casas antigas, nos canteiros que separam as vias públicas, nas
praças mal ou bem cuidadas dessa amada Desterro continua a despertar em mim
espanto e emoção.
A cobertura verde que ainda perdura nos morros, salpicada de
manchas róseas, violetas, brancas e amarelas parece saltar das telas dos
pintores impressionistas. A delicadeza das paineiras salpica o chão de flores cor-de-rosa
para, semanas após, presentear o passante com chuvas de plumas carregadas pelo
vento.
Nos pomares que ainda persistem no interior da Ilha,
pitangueiras e goiabeiras convivem com vergamoteiras (as mexericas) e
laranjeiras – onde canta o sabiá – e com robustos pés de louro – tempero
indispensável e mensageiro da fortuna.
Em qualquer espaço escondido, nas rachaduras das casas
antigas ou lugares esquecidos das modernas construções, entre as pedras do
calçamento ou fendas do asfalto, arrebentam, aqui e ali,
ásperas samambaias, tímidas avencas e as multicoloridas marias-sem-vergonha.
Essa silenciosa lição de beleza e permanência é o presente
maior que nossa Ilha-Magia oferece todos os dias àqueles que fazem dela sua
terra-mãe.
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