terça-feira, 20 de janeiro de 2009

RBS DEMITE JORNALISTAS

Através do Sindicato, fiquei sabendo que a RBS demitiu hoje seis colegas: Fabian Lemos, Natália Viana e Jeferson Lima, do Diário Catarinense (este último do caderno de cultura), e ainda Albertina Camilo, Rosane Ritta (ambas há 20 anos trabalhando na redação do AN em Joinville) e Leonel Camasão (contratado antes das eleições de 2008). Fabian estava em licença médica e foi demitido ao retornar. E Natália e Jeferson eram os remanescentes do AN Capital, extinta quando o grupo RBS comprou A Notícia.

Desconfio que estas demissões iniciam um processo de mais demissões. O fato é que hoje as empresas de comunicação não se limitam apenas a imprimir jornais, ter algumas emissoras de rádio e canais de televisão. Seus interesses são variados. O grupo RBS é formado por 18 emissoras de televisão aberta (afiliadas à Rede Globo), duas emissoras de televisão local, Canal Rural, 25 emissoras de rádio, oito jornais, dois portais na internet (ClicRBS e Hagah), uma editora (RBS Publicações), uma gravadora (Orbeat Music), uma empresa de logística (ViaLog), uma empresa de MKT e relacionamento com o público jovem (Kzuka) e a Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho (informações do FNDC e Tela Viva News e do SJSC).

Segundo informações, a RBS Comunicações S/A vendeu, em outubro do ano passado, 12,64% de seu capital para ampliar seus negócios. Essa “ampliação” e “estratégia de crescimento” não prioriza valorizar seus profissionais da mídia que lá trabalham. Ao contrário. As demissões são a prova evidente que os interesses do grupo são outros.

Como foi anunciado quando da venda de parte de seu capital, os recursos captados pelo Grupo RBS, “tem como principais frentes o fortalecimento de suas operações no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a exploração de oportunidades em internet e em outras mídias digitais e a ampliação da prestação de serviços a anunciantes, por meio de ações de mídia segmentada e na área do entretenimento”.

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