Há dias não ando por aqui. Fechei o Balaio por algumas semanas e fui mergulhar na leitura (pode ser bobagem, mas recolher-me pra ler me tira fora do mundo virtual). Bom, lendo o que? Primeiro: um livro policial que “garrei” a ler e só parei quando percorri as 500 e tantas páginas. Foi também uma leitura de sofrimento físico (tenho artrite nas duas mãos e segurar aquele peso, não foi fácil). Nome do livro: Millennium – primeiro volume de uma trilogia do escritor sueco Stieg Larsson. O azar dele é que, após entregar a seus editores a trilogia Millennium, morreu vítima de ataque cardíaco. Tinha só 54 anos e morreu após subir pela escada os sete andares do prédio onde morava. O coração não aguentou. A má notícia é que Companhia das Letras ainda não tem data marcada pra lançar o segundo volume cá no Brasil (pela Europa faz um imenso sucesso – 6. 5 milhões de exemplares vendidos).
Há outras leituras que ando mergulhada: L’Africain, do J.M.G. Le Glézio (emprestado por minha amiga Lenina); O Animal Agonizante, do Philip Roth, um monólogo inteligente de um homem envelhecido que se apaixona por uma jovem aluna (“ser velho significa também que, apesar e além de ter sido, você continua sendo (...) e a consciência de continuar sendo é tão avassaladora quando a consciência de ter sido”). O roteiro do bom filme Fatal, tem como base O Animal Agonizante. Roth, alias, é um dos melhores escritores norte-americanos. Dele também li (nessa fase de sair do mundo virtual) “Fantasma Sai de Cena”:”Os velhos detestam os jovens? Eles sentem inveja e ódio dos jovens? E por que não”? pergunta o angustiado escritor Natham Zuckerman, personagem da história, um homem doente, que vivia isolada e, ao retornar a Nova York vê sua vida dar uma reviravolta.
Cinema, como sempre, porque a o escurinho do cinema continua insubstituível: “O Curioso Caso de Benjamin Button”, do David Fincher com 13 indicações para o Oscar, inclusive para ator (Brad Pitt) – que também tem como base um conto de F. Scott Fitzgerald, (“Seis Contos da Era do Jazz e outras histórias); “Austrália”, belas imagens, mas com a chata Nicole Kidman: “O Leitor” com a ótima Kate Winslet, de Stephen Daldry (mesmo diretor do As Horas), com cinco indicações para Oscar, um de melhor atriz (se ganhar é mais que merecido): A Troca, com Angelina Jolie, também concorrendo ao Oscar de melhor atriz (torço pela Winslet).
Justifiquei minha ausência por me afastar do Balaio de Siri?
A sábia Baby, minha aliada de sempre, também ficou muito na dela. Só comentou comigo o comentário do Lula, ao dizer em entrevista a revista Piaui, que ler jornais lhe causava azia. E hoje, exaltado, disse não dever à imprensa sua eleição. Ora, ora, pensou minha esperta gatinha, lembrando que sempre viu sua amiguinha de duas patas (eu) lendo montes de matérias onde o hoje presidente era a figura central. Então, era outro Lula? Provavelmente, sim, concluiu, mexendo seus longos fios brancos que ladeiam sua delicada boquinha.
Estás perdoada por deixares teus leitores tanto tempo fora do teu mundo virtual. Agradeço as dicas sobre filmes e livros; Baby, concordo contigo em gênero, número e grau. A foto está belíssima - vi esta "pintura" cá na Lagoa. Beijos
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