quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

SOBRE LIVROS E FILMES

Há dias não ando por aqui. Fechei o Balaio por algumas semanas e fui mergulhar na leitura (pode ser bobagem, mas recolher-me pra ler me tira fora do mundo virtual). Bom, lendo o que?  Primeiro: um livro policial que “garrei” a ler e só parei quando percorri as 500 e tantas páginas. Foi também uma leitura de sofrimento físico (tenho artrite nas duas mãos e segurar aquele peso, não foi fácil). Nome do livro: Millennium – primeiro volume de uma trilogia do escritor sueco Stieg Larsson. O azar dele é que, após entregar a seus editores a trilogia Millennium, morreu vítima de ataque cardíaco. Tinha só 54 anos e morreu após subir pela escada os sete andares do prédio onde morava. O coração não aguentou. A má notícia é que Companhia das Letras ainda não tem data marcada pra lançar o segundo volume cá no Brasil (pela Europa faz um imenso sucesso – 6. 5 milhões de exemplares vendidos).

Há outras leituras que ando mergulhada: L’Africain, do J.M.G. Le Glézio (emprestado por minha amiga Lenina); O Animal Agonizante, do Philip Roth, um monólogo inteligente de um homem envelhecido que se apaixona por uma jovem aluna (“ser velho significa também que, apesar e além de ter sido, você continua sendo (...) e a consciência de continuar sendo é tão avassaladora quando a consciência de ter sido”).  O roteiro do bom filme Fatal, tem como base O Animal Agonizante. Roth, alias, é um dos melhores escritores norte-americanos. Dele também li (nessa fase de sair do mundo virtual) “Fantasma Sai de Cena”:”Os velhos detestam os jovens? Eles sentem inveja e ódio dos jovens? E por que não”? pergunta o angustiado escritor Natham Zuckerman, personagem da história, um homem doente, que vivia isolada e, ao retornar a Nova York vê sua vida dar uma reviravolta.

Cinema, como sempre, porque a o escurinho do cinema continua insubstituível: “O Curioso Caso de Benjamin Button”, do David Fincher com 13 indicações para o Oscar, inclusive para ator (Brad Pitt) – que também tem como base um conto de F. Scott Fitzgerald, (“Seis Contos da Era do Jazz e outras histórias); “Austrália”, belas imagens, mas com a chata Nicole Kidman: “O Leitor” com a ótima Kate Winslet, de Stephen Daldry (mesmo diretor do As Horas), com cinco indicações para Oscar, um de melhor atriz (se ganhar é mais que merecido): A Troca, com Angelina Jolie, também concorrendo ao Oscar de melhor atriz (torço pela Winslet).

Justifiquei minha ausência por me afastar do Balaio de Siri?

A sábia Baby, minha aliada de sempre, também ficou muito na dela. Só comentou comigo o comentário do Lula, ao dizer em entrevista a revista Piaui, que ler jornais lhe causava azia. E hoje, exaltado, disse não dever à imprensa sua eleição. Ora, ora, pensou minha esperta gatinha, lembrando que sempre viu sua amiguinha de duas patas (eu) lendo montes de matérias onde o hoje presidente era a figura central. Então, era outro Lula? Provavelmente, sim, concluiu, mexendo seus longos fios brancos que ladeiam sua delicada boquinha. 



Um comentário:

  1. Estás perdoada por deixares teus leitores tanto tempo fora do teu mundo virtual. Agradeço as dicas sobre filmes e livros; Baby, concordo contigo em gênero, número e grau. A foto está belíssima - vi esta "pintura" cá na Lagoa. Beijos

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