sexta-feira, 24 de julho de 2009

COM O FRIO, NADA COMO REVER BONS FILMES

Das leituras, muitas, faço algumas escolhas. Priorizo leituras dos tantos livros que estão na minha estante, na cabeceira da cama, na sala... Acompanho os blogs de alguns amigos, atualizo o meu (nem sempre com a assiduidade necessária, confesso). No blog do amigo Mosquito leio que a senadora Ideli Salvatti quer censurá-lo e, através de uma juíza, pediu que o "blog do site" seja tirado da internet. Minha reação? Nenhuma surpresa. Da nobre senadora Ideli Salvatti, conhecida por sua veemência na defesa do Lula, José Sarney, José Dirceu, mensalões... o que esperar? Vá em frente Mosquito. Estou do teu lado.

Mas não vou perder meu precioso tempinho, comentando tantas barbaridades que ocorrem por aí: há o nepotismo da família Sarney, da neta que liga pro avô, pede emprego, do desvio de verbas para a ONG do dito no Maranhão...Chega! os jornais, as televisões, os blogs já se encarregam de relatar tanta corrupção, nepotismo... Também não quero citar o Lula, suas declarações de apoio ao homem "incomum" de intocável "biografia".

Recolho-me e quero contar dos filmes que revi na minha casa nos últimos dois dias. Com tanto frio lá fora, vírus da gripe suína à solta, melhor ficar no quentinho do apartamento. A minha amiga de quatro patas não sai do sofá e quase exige que eu ligue o aquecedor. E lá fica, praticamente o dia inteiro. Às vezes sai do sofá, vem até mim, ronrona, me olha, trocamos rápidos diálogos e lá volta ela pro seu cantinho.

Os filmes: primeiro revi "A excêntrica família de Antônia", holandês, Oscar de melhor filme estrangeiro de 1996. Dirigido por Marleen Gorris (nada sei sobre ela). A atriz Willeke Van Ammelrooy é a Antonia e com ela começa a história de quatro gerações de mulheres. O filme, em síntese, é uma "celebração dos prazeres simples da vida". Onde se fala do tempo (" o tempo conquistou o tempo. Apesar de não nascerem tantas crianças quanto na época da Letta (que gerou 12 filhos) havia o bastante para manter o mundo girando. Às vezes o tempo ficava lento como uma tartaruga cansada. Às vezes rompia pela vida como um abutre em busca da presa. O tempo não se preocupou com a vida ou a morte, declínio ou ascensão, amor, ódio ou ciúmes. Ignorou tudo que nos é importante e faz com que esqueçamos dele. E assim, tanto quanto essa crônica (filme), nada se conclui...") e, através dos acontecimentos, da vida que vai passando em uma pequena vila rural no interior da Holanda.

E então, mudei de tema e revi "O Trem", de John Frankenhaimer com Burt Lancaster e Jeanne Moreau. O filme é de 1964. Agosto de 1944, final da Segunda Guerra Mundial, um general alemão ordena que todas as obras primas da pintura francesa (Picasso, Renoir, Degas, Lautrec, Cezanne...) sejam retirados do Museu Jeu de Paume, em Paris (que não mais existe)encaixotados e levados para Berlim por um Trem. Cabe ao Labiche (Lancaster) e seus companheiros sabotar o trecho da ferrovia que leva à Berlim para evitar o roubo. Von Waldheim (Paul Scofield) diz em um momento ao Labiche: "Um quadro significa tanto pra voce quanto um colar de pérolas pra um macaco". Ah, a superioridade ariana!

Também revi nessa semana de frio (gosto de inverno, já disse isso) um outro filme: "Meus Caros Amigos", do genial Mario Monicelli ("Parente... É Serpente", lembram?).

Mas cansei de escrever.

Nenhum comentário:

Postar um comentário