foto: elaine borges
(...) E, assim como está escrito em algum lugar que as concierges são velhas, feias e rabugentas, assim também está gravado em letras de fogo, no frontão do mesmo firmamento imbecil, que as ditas concierges têm gatos gordos e hesitantes que cochilam o dia inteiro em cima de almofadas cobertas de capas de crochê.
Assim que li essa frase no livro A elegância do ouriço, de Muriel Barbery (Companhia das Letras) (1), logo pensei na minha pequena amiguinha de quatro patas. Ela certamente ficaria ofendida se a descrevessem assim. Gorda, confesso, ela é (como sua amiga de duas patas). Mas não é defeito, é puro charme. Dormir? Não há felino que não goste de se dedicar a prolongadas sonecas. Mas hoje, por exemplo, minha tarde foi totalmente voltada para ouvir música e quem vejo ali, num cantinho, próximo ao som? A Bibi, tão feliz quanto eu ouvindo meus queridos LPs.
Ouvi desde “The Temptations (“Papa was a rollin’stone”), Marvin Gaye (“I heard it through the grapevine”), Stevie Wonder (“For once in my live”), a sempre ótima Joni Mitchell (“Chalk mark in a rain stone”), o bluesman ingles John Mayall (“Jazz Blues Fusion”) e, finalmente, ouvi o excelente Dave Brubeck (“Time further out – Miró Reflexions”).
Que delícia!
Claro, ouvimos algumas notícias: repercussões sobre o apagão e os argumentos desencontrados do governo Lula (difícil essa turma admitir que comete erros); a possibilidade de Florianópolis implantar o sistema de rodízio de carros para diminuir as filas... Mas, como descobrimos que às vezes é preferível ficar um pouco alheia aos acontecimentos desse mundo que nos cerca, voltei às minhas leituras, às músicas, ao pequeno mundo cá do nosso cantinho.
Ouvi desde “The Temptations (“Papa was a rollin’stone”), Marvin Gaye (“I heard it through the grapevine”), Stevie Wonder (“For once in my live”), a sempre ótima Joni Mitchell (“Chalk mark in a rain stone”), o bluesman ingles John Mayall (“Jazz Blues Fusion”) e, finalmente, ouvi o excelente Dave Brubeck (“Time further out – Miró Reflexions”).
Que delícia!
Claro, ouvimos algumas notícias: repercussões sobre o apagão e os argumentos desencontrados do governo Lula (difícil essa turma admitir que comete erros); a possibilidade de Florianópolis implantar o sistema de rodízio de carros para diminuir as filas... Mas, como descobrimos que às vezes é preferível ficar um pouco alheia aos acontecimentos desse mundo que nos cerca, voltei às minhas leituras, às músicas, ao pequeno mundo cá do nosso cantinho.
(1)Muriel Barbery é francesa, foi aluna da École Normale Supérieure e leciona filosofia na Normandia. Seu primeiro livro – Une gourmandise (2000) - foi traduzido em doze línguas. O A elegância do ouriço foi uma das grandes sensações literárias de 2006 na França. Fui “apresentada” a ela pela amiga Tânia Piacentini e estou achando ótimo. O livro, aliás, é da Biblioteca Barca dos Livros.
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