Vi numa madrugada dessas a entrevista que o diretor italiano Giuseppe Tornatore (“Cinema Paradiso”) deu ao Jô, no seu programa na TV Globo. Tornatore esteve no Brasil para lançar seu mais novo filme, Baaria (segundo a crítica, é seu filme mais pessoal). A certa altura, ele fala de sua grande felicidade: “É quando entro na sala de cinema, a luz apaga e eu penso: “estou feliz”. É exatamente essa a sensação que tenho quando, no escurinho do cinema, sei que viverei ali bons momentos. Tornatore também confessou ser um cineasta sem muitos critérios na escolha dos filmes que vai ver. Sempre há cenas, momentos, que o deixam feliz. “Não sou exigente”, disse. Devo confessar que meus pequenos momentos de felicidade também são esses: ir ao cinema.
E foi por esse meu amor ao cinema que li nesta madrugada o livro de David Gilmour, O Clube do Filme (Editora Intrínseca). Gilmour é critico de cinema, e relata a maneira que encontrou para ajudar o filho em um momento crucial de sua vida. O menino não queria estudar e o pai faz a ele uma proposta: sair da escola desde que assistisse três filmes por semana. O que me atraiu foi exatamente isso: os filmes que o pai mostraria ao filho. E são tantos que fiz também com o autor uma viagem. Na minha memória revi os filmes citados por ele. São 115 no total. Lá estão filmes do Fellini, Huston, Allen, Kurosawa, Coppola, John Ford, Kazan, Malle, Bertolucci...
Há ainda relatos de suas entrevistas com atores, atrizes, cantores. E algumas citações sobre escritores (Virginia Woolf, Tchekhov...).
E foi por esse meu amor ao cinema que li nesta madrugada o livro de David Gilmour, O Clube do Filme (Editora Intrínseca). Gilmour é critico de cinema, e relata a maneira que encontrou para ajudar o filho em um momento crucial de sua vida. O menino não queria estudar e o pai faz a ele uma proposta: sair da escola desde que assistisse três filmes por semana. O que me atraiu foi exatamente isso: os filmes que o pai mostraria ao filho. E são tantos que fiz também com o autor uma viagem. Na minha memória revi os filmes citados por ele. São 115 no total. Lá estão filmes do Fellini, Huston, Allen, Kurosawa, Coppola, John Ford, Kazan, Malle, Bertolucci...
Há ainda relatos de suas entrevistas com atores, atrizes, cantores. E algumas citações sobre escritores (Virginia Woolf, Tchekhov...).
O filho pergunta:
- E como era George Harrison? (Um cara legal, mas quando eu ouvia aquele sotaque de Liverpool era difícil não pular e gritar: “Você era um dos Beatles. Deve ter pegado milhares de garotas!”); Ziggy Marley (filho de Bob, um pequeno cretino mal-humorado); Henri Keitel (grande ator, mas, com o cérebro de um porco assado); Richard Gere (um típico ator pseudointectual, que não se deu conta de que as pessoas prestam atenção nele por ser uma estrela de cinema, e não um pensador); Jodie Foster (entrevistá-la é como tentar arrombar o Forte Knox); Dennis Hopper (desbocado, engraçado, um grande sujeito); Vanessa Redgrave (calorosa, majestosa, entrevistá-la era como conversar com a rainha); Yoko Ono (defensiva e convencida demais; quando perguntei sobre as motivações e implicações de seu último projeto, ela respondeu: “Você faria essa pergunta a Bruce Springsteen?); Roberto Altman (falante, culto, despreocupado, não me admira que atores trabalhassem para ele por qualquer trocado).
Pra quem gosta de cinema, vai a sugestão: ler O Clube do Filme – O pai. Um filho. Três filmes por semana.
Vou ler, obrigada pela dica. Beijos.
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