sexta-feira, 10 de setembro de 2010

OS "AMIGOS" CANDIDATOS

foto: elaine borges
Continuo desmotivada com essa campanha política. E me pergunto: quem são mesmo esses candidatos que se apresentam na televisão? São verdadeiros, de carne e osso, ou criaturas robóticas criadas por marqueteiros? E ultimamente tenho me perguntado: “Por que eles omitem seus sobrenomes?” Agora eles são o “Hugo”, a “Bete” o “Zé”, a “Ângela”, a “Ideli”... Todos se apresentam forçando certa intimidade com o eleitor. Como se fossem nossos velhos amigos, aqueles que permitimos que entrem em nossas casas sem pedir licença, pois, afinal, são o “Hugo” a “Bete”, o “Zé”... Como se disséssemos: “Olha lá o Hugo! Aquela é a Bete, lembra dela, a mulher do fulano, casada com sicrano e agora candidata a um cargo no legislativo?” Há também a mudança no visual. E um detalhe chama a atenção: ninguém mais tem cabelos brancos, rugas... Óculos, então, nem pensar. Vi recentemente um filme e, numa certa cena, uma atriz decide fazer com urgência uma mudança completa na face com a seguinte justificativa: “Eu sou a única na cidade que ainda aparento ter mais de 60 anos. Estou totalmente fora de moda”. E assim são as candidatas (a Marina é uma rara exceção). Os cabelos crespos agora são lisos, os óculos sumiram, as sérias passaram a sorrir, as vozes estão mais suaves... E os candidatos homens não fogem à nova ordem. Pintam os cabelos com uma cor que virou padrão: nem preto nem castanho, uma cor lembrando ferrugem, muito, mas muito estranha... Há também os que optaram por aquele topete acima da testa ou no meio da cabeça, tipo apache. Moda??? Dependendo da idade, fica também um tanto bizarro.
...E continua a operação “esconde o José Serra, não toca no nome dele, foge, é fria”. Tive a impressão ontem, ao ouvir sua fala no horário político, que até mesmo ele está sem fôlego.
E a minha amiguinha de quatro patas ontem ficou bem longe da televisão. Não quer ser íntima de nenhum candidato. Seu espaço ela não divide com ninguém (comigo ela até consente, mas, com certa resistência. Gatos(as) zelam muito por seus espaços).

Um comentário:

  1. Essa campanha eleitoral é hilária, tragicômica. Oh, Deus, morro e não vejo tudo!!!!

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