domingo, 15 de fevereiro de 2009

O INSTANTE DECISIVO

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Foto: Henri Cartier-Bresson

Domingo, um dos bons programas é ler o Caderno 2 – Cultura, do Estadão, e a Ilustrada, da Folha. Hoje, em especial, li com prazer uma matéria do Luiz Zanin Oricchio sobre o grande fotógrafo do século XX, Henri Cartier-Bresson (1908/2004). Nela comenta o livro lançado pela L&PM do Pierre Assouline – Cartier-Bresson – O Olhar do Século. Assouline é jornalista cultural do Le Monde e, segundo informa Oricchio, mantem um blog literário muito lido na França (http://passouline.blog.lemonde.fr/). E lembra fotos muito conhecidas, como a do alegre menino com duas garrafas de vinho na rua Mouffetard, em Paris, de Sartre, na Pont des Arts, ambas do Cartier-Bresson, “sinônimo de fotografia no século 20 que, contra sua vontade, fundou uma escola e um estilo. A teoria do "instante decisivo", a opção pelo preto-e-branco, a Leica, a recusa ao uso do flash - tudo isso constituiu uma mitologia em torno do homem que elevou a fotografia à condição de arte (teve exposições em Nova York e no Louvre num tempo em que a fotografia era considerada apenas registro técnico)”. Assouline conta que HCB, como é designado na França, não dava importância à técnica, “o preto-e-branco correspondia à sua sensibilidade”. E a câmera Leica, por sua leveza, facilidade no manejo, permitia HCB, discretamente, fotografar o que passava por seus olhos. Segundo Assouline “o importante não é nem o material e nem a técnica. É o olhar”.

É óbvio que já coloquei na minha cestinha de compras o livro do jornalista frances sobre um dos ícones da fotografia mundial. Confesso que uma das grandes emoções da minha vida foi visitar a Fundação Cartier-Bresson, em Paris.



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