sexta-feira, 14 de agosto de 2009

TRISTES TEMPOS

Difícil não se indignar e, ao mesmo, sentir imensa tristeza ao ver o rosto da professora do Instituto de Educação, de Florianópolis, cheio de marcas dos tapas e socos que recebeu de uma mãe descontrolada. No dia anterior, sua filha, agredida por colegas, foi defendida pela professora. Hoje, a mãe, totalmente descontrolada, foi ao IE não para conversar, ouvir a professora, saber o que havia acontecido. A mãe foi para agredir a professora. Cena de violência testemunhada por crianças que lá estudam.

Cena triste, sim. O local, uma escola, seria o último a registrar tanta violência, ira, raiva. Não de alunos em brigas hoje quase comuns nos pátios das escolas. Mas de uma mãe agredindo uma educadora.

Tristes tempos.

Há quem diga que nosso país está perdendo o sentido da ética, do respeito. E apontam que o exemplo da má educação, da falta de ética, vem de cima. Se antes o "toma lá dá cá", os acordos, eram feitos às escuras, nos bastidores, em salas fechadas, hoje não mais. Se não há respeito, grandeza, nobres gestos entre aqueles que nos governam; se alguns acham que seus aliados não são "comuns" e tem uma "biografia" (e que biografia!) a zelar, como exigir respeito, educação, ética, nas escolas? Se os debates em uma das mais nobres Casas do Legislativo, o Senado, são tão baixos; se um senador, ex-presidente (cassado, graças a Deus) manda um outro "nobre colega" que "engula" o que estava dizendo da tribuna e ainda fazer o "uso que bem entender" como exigir mais educação das pessoas comuns?

Há quem diga que estamos vivendo momentos tão medíocres e pequenos, através do comportamento dos políticos; momentos repletos de favorecimentos, corrupção, jogo de interesses que nossa democracia ficou mais frágil. Como uma renda puída que, com o passar do tempo, apresenta cada vez mais buracos.

As cenas de agressão e violência em ambientes onde a meta final é a educação, portanto, não são de surpreender. Há escolas que exigem a presença da polícia. E Florianópolis, infelizmente, agora também faz parte dessa lista onde a violência já chegou às escolas. E, nesse caso, a agressora foi a mãe de uma aluna.

Um comentário:

  1. Esse mundo está pirado! Jamais seria professora nos dias de hoje; tenho certeza que sairia de maca da sala de aula. Cruzes!!!!!!!

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