terça-feira, 5 de maio de 2009

MISTURA DE INTERESSES COM DINHEIRO PÚBLICO

Tem chamado a atenção a intensa propaganda na mídia da 9ª Conferência Global do World Travel & Tourism Council a ser realizado em Florianópolis nos dias 15 e 16 de maio. Uma grana sem tamanho está sendo investida nessa promoção e há visível preocupação do governo de Santa Catarina para que tudo saia conforme o previsto. Até alguns "enfeites" a cidade recebeu para impressionar os visitantes. Por exemplo: todo o caminho do aeroporto até o Santinho ( sede da conferência) recebeu iluminação especial, bem como as luminárias da ponte Hercílio Luz também foram trocadas. E ontem, o Jornal do Brasil publicou em sua página 16 (economia) um artigo do jornalista Claudio Mesquita com números que revelam o dinheiro que está sendo aplicado numa promoção de cunho privado e que pouco vai favorecer nosso estado, embora o governo insista em dizer o contrário.

Parte do artigo do JB de ontem está transcrito abaixo. O texto na integra está no blog do Cesar Valente, que aborda o assunto com detalhes.

Um evento de R$ 10 milhões

Cláudio Magnavita
JORNALISTA

Já acenderam as luzes de alerta para o dinheiro público investido na realização da 9ª Conferência Global do WTTC (World Travel & Tourism Council), em Florianópolis, nos dias 15 e 16 de maio. Trata-se de um evento privado, sem a chancela de organismos internacionais, que reunirá quatro centenas de convidados nacionais e internacionais.
Já ultrapassam em R$ 10 milhões os gastos com o evento. Serão R$ 2,5 milhões da Embratur, R$ 5 milhões do governo catarinense e mais de R$ 2 milhões do Fundo de Turismo e Cultura do Estado e da Prefeitura de Florianópolis.
O pior de tudo é o superdimensionamento do evento, que é apresentado como divisor de águas do turismo catarinense. Existe, também, a ideia de que um desses 100 CEO’s internacionais, que terão passagem relâmpago por Florianópolis, resolva investir localmente, justificando os investimentos feitos.Uma tentativa anterior dos organizadores, de vender a realização do WTTC no Brasil, foi afastada por correspondência da então ministra do Turismo, Marta Suplicy, que considerou o investimento de retorno nulo para o país.

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