quarta-feira, 18 de março de 2009

A FALTA QUE A ARTE FAZ

La Dentellière - Johannes Vermeer (1632/1675)

O contraste, a luz indireta, o silêncio, objetos simples, as mãos delicadamente costurando um pano, a concentração, o claro-escuro, uma cena doméstica simples, uma mulher sentada, costurando, alheia ao mundo externo. Essa é uma das mais belas pinturas que vi (no Louvre, em Paris) e que, lendo um artigo no Estadão de ontem, do Arnaldo Jabor, me veio imediatamente à mente. O articulista dizia que a "a obra de arte tem de ser exaltante", citando Stravinski. Vendo pinturas como as do Vermeer logo sabemos que estamos diante do belo, de uma obra-prima. Há ali o momento único registrado pela sensibilidade de um artista. Sensações semelhantes sentimos quando vemos um Van Gogh, Guignard, Velasquez, Rubens, Da Vinci, as esculturas do Rodin... Contemplar obras de grandes artistas acrescentam algo à nossa vida. Precisamos olhar, contemplar. Há felicidade, ela surge e sabemos que estamos vivendo um momento único quando nos deparamos com pinturas, esculturas, fotografias que nos emocionam, que "falam" conosco. Que, como escreveu Jabor, são "exaltantes". E - confesso - ultimamente tenho sentido falta dessa arte tão necessária para nossas vidas.

2 comentários:

  1. naquela mesma bravo! que comentaste anteriormente tem uma matéria muito boa do jorge coli.
    ele fala da influência da arte sobre o proust e, claro, da vista de delft, um dos mais lindos do vermeer.
    bom, você já deve ter lido, né? hehehe.

    beijocas.

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  2. Li, sim, Lenina. Vermeer é um dos meus queridinhos. Ao meu lado tem um livrão com suas belíssimas obras que costumo olhar.
    Beijos
    Nane

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