terça-feira, 10 de março de 2009

MÁQUINA DE LAVAR LIBERA MULHERES, DIZ VATICANO

Depois da absurda decisão de excomungar médicos e equipe do hospital de Pernambuco que fizeram o aborto de uma menina de nove anos, grávida de gêmeos, cujo pai era seu padrasto e que corria o risco de morrer, a Igreja Católica me sai com esta: a máquina de lavar contribuiu mais para a liberação da mulher do que a pílula, o direito a trabalhar fora de casa ou o direito ao aborto. Isso mesmo. Pasmem. Essa é de ler sentada e ficar de “bouche bée” (boca aberta) como exclamam os franceses. Boca aberta é pouco para tanto absurdo. Chega até ser ridículo. Com posições tão retrógradas, o Vaticano ainda não sabe por que tem diminuído o número de fieis no mundo inteiro.
A notícia é resultado de um artigo publicado no L’osservatore Romano de domingo para registrar o Dia Internacional da Mulher. O título do longo artigo, como informa a agência Reuters e tantas outras do País é: “O que no século XX fez mais para liberar as mulheres ocidentais?”. “O debate é acalorado. Alguns dizem que a pílula, alguns dizem que o direito ao aborto, e alguns o direito a trabalhar fora de casa. Alguns, porém, ousam ir além: a máquina de lavar”.
“O texto então conta a história da máquina de lavar, desde um modelo rudimentar de 1767 na Alemanha, até os modernos equipamentos com os quais a mulher pode tomar um capuccino com as amigas enquanto a roupa é batida”.

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